O endividamento pode causar sérios impactos emocionais. Diversos são os estudos comprovando que a situação financeira de um indivíduo impacta diretamente na saúde mental dele.
Alguns fatores, como: angústia, estresse, medo, culpa, tristeza, interferem no cotidiano e nas decisões de um indivíduo com algum tipo de desequilíbrio financeiro.
De acordo com a pesquisa “O bolso do brasileiro”, realizada pelo Instituto Locomotiva com 1.501 entrevistados, a pedido da Xpeed (Escola de Educação Financeira e Negócios da XP Inc.), 46% dos brasileiros afirmam ter frequentemente ansiedade em relação à sua situação financeira.
Se entendemos que os fatores acima estão diretamente relacionados com qualidade de vida, podemos afirmar que uma eventual desarmonia nas finanças poderá impactar no bem-estar individual.
Então, quando o bem-estar do indivíduo é impactado, será que é possível fragmentar os “prejuízos” – metaforicamente falando – em partes isoladas da vida?
Dificilmente!
O resultado dessa infeliz equação é o impacto em diferentes pilares do bem-estar, por ora, social, afetivo, existencial, apenas para citar alguns exemplos.
O pilar social diz respeito a relações saudáveis e ter a sensação de pertencimento a uma comunidade. Quando as dívidas se tornam um problema, não raro presenciamos pessoas que se afastam do convívio de familiares, amigos e colegas de trabalho, contribuindo para um distanciamento nada saudável.
No campo afetivo, presenciamos casais que entram em atrito quando o tema é a falta de condições financeiras para suprir o básico. E, ao invés de buscarem uma solução conjunta, ocorre um distanciamento improdutivo.
E quantos já não tiveram o sentido da sua própria existência questionado, quando se depara com as frustrações decorrentes do desequilíbrio financeiro?
Com base nos exemplos acima e podendo extrapolar para uma gama maior de pilares dentro do amplo espectro do bem-estar, fica evidente que há uma relação direta entre “equilíbrio financeiro e bem-estar”.
Não se trata, apenas, de pensar positivo. Não se trata, tampouco, de somente olhar a vida com olhos de prosperidade. Mas, sim, tratar o equilíbrio financeiro com a seriedade e o pragmatismo necessários.
Fazer planejamento, buscar os resultados, ser rigoroso com as metas estipuladas e celebrar conquistas, são elementos-chave para o equilíbrio e o bem-estar financeiro, uma vez que, agora, você sabe que ambos caminham juntos.
E, se o equilíbrio financeiro for atingido, o bem-estar financeiro alcançado, certamente você estará fortalecendo outros pilares do bem-estar e contribuindo para o seu florescimento.
Estude, planeje, seja resiliente, converse sobre dinheiro e contribua para o seu bem-estar financeiro!
Fernando Palauso
