Fazendo uma busca acerca de temas que despertassem o interesse do leitor desse blog, fui surpreendido por uma pesquisa feita pela Fundação Itaú, em parceria com o Datafolha, mostrando que atividades culturais contribuem para a saúde mental, melhoram o relacionamento em casa, no trabalho e diminuem a sensação de solidão e tristeza.
Talvez não seja uma grande surpresa, mas o que mais chamou a minha atenção foi o fato de que a cultura é, de fato, uma fonte de bem-estar para o povo brasileiro e, de forma objetiva, como apontam os resultados dessa pesquisa, ajuda no enfrentamento e prevenção de questões de saúde mental.
Para 54% dos entrevistados, a cultura lidera o ranking de percepção de sensação de bem-estar, à frente de atividades de lazer e atividades físicas, por exemplo. Dentre os pilares culturais mencionados, cinema, shows/festivais de música e teatro, lideram esse ranking.
Trata-se de um levantamento amplo, realizado em setembro do ano passado (2023), com a participação de 2.405 pessoas de 16 a 65 anos, em todas as regiões do Brasil, por meio de entrevistas presenciais e telefônicas.
A pesquisa ainda traz outros números importantes.
De acordo com os dados obtidos pela Fundação Itaú/Datafolha, 61% dos entrevistados concordaram plenamente que programas culturais reduzem o estresse, 58% dizem que melhoram o relacionamento em casa e 61% apontam que diminui a sensação de tristeza.
Por fim, destaca-se que 57% dos entrevistados informam que atividades culturais melhoram a qualidade de vida, 61% indicam diminuição da solidão e 50% dizem ajudar na melhora do relacionamento no trabalho.
São dados de extrema relevância, principalmente quando confrontamos com a realidade socioeconômica do nosso país. Muitas vezes, temos a falsa percepção de que o brasileiro está pouco conectado com atividades culturais e isso não é uma verdade.
Cada vez mais, iniciativas como exposições culturais, vistas a museus, mostras pontuais, feiras, dentre outras manifestações culturais devem estar na pauta do brasileiro. E, mais do que isso, iniciativas com aquelas promovidas UBemEstare, visando a promoção do pilar cultural, podem realmente promover um impacto positivo para a saúde mental e o bem-estar individual.
Seguimos firmes no nosso propósito, certos de que o caminho para o bem-estar coletivo passa pela cultura.
E assim, finalizo com um simples convite: “que tal pegar uma seção de cinema ainda nessa semana?”
O Brasil está longe dos Estados Unidos da América no quesito “quantidade de salas de cinema”, mas você tem mais de 3 mil locais para assistir ao seu filme preferido e, com isso, contribuir de forma positiva com a sua saúde mental.
Bom filme!
Fernando Palauso